Expositores comemoram participação no evento internacional e apostam em novos negócios. Mais de cinco mil pessoas visitaram os estandes

Nem mesmo a falta de luz causada por um problema de abastecimento da energia elétrica no município tirou o brilho da Feira internacional Logística Offshore 2004, cuja edição de estréia acaba de encerrar-se no Centro de Convenções de Macaé, inaugurada desde quarta-feira, dia 12. O balanço positivo é apontado pelos expositores, que encararam o evento como fértil possibilidade de negócios e novas demandas de relacionamento. Mais de cinco mil pessoas visitaram os estandes das 60 empresas participantes. A repercussão do evento superou tanto as expectativas dos organizadores, que a data para a próxima feira já está agendada: de 12 a 14 de abril de 2005.

“Plantamos uma semente que promete germinar. Já estamos com uma lista enorme de interessados em participar da próxima edição do evento. Queremos promover este segmento e movimentar a economia da região”, enfatiza Arthur Repsold, diretor da Fagga Eventos, empresa idealizadora da feira.

Um dos principais motivos de satisfação por parte dos expositores foi o seleto número de visitantes. “Ao contrário de muitos eventos do setor, este chamou atenção pelo qualidade do público. As pessoas vieram com o objetivo de conhecer o mercado e saber com quem podem contar”, enfatizava o gerente comercial da BSM Engenharia, GianCarlo Rigon. A BSM Engenharia, especializada no transporte terrestre, aposta firme no cenário da logística. Nos últimos dois anos, apenas na região da Bacia de Campos, investiu cerca de R$ 30 milhões em equipamentos de transporte e movimentação de carga, e em torno de R$ 2 milhões em consultoria externa de logística e tecnologia da informação.

A maior parte dos expositores escolheu a feira justamente para delimitar território neste mercado competitivo. A Proativa, por exemplo, já atua no mercado de transporte de carga aérea há 15 anos, mas só agora começa a atuar na Bacia de Campos, por meio de contrato com a Petrobras. A empresa está tão empolgada com a realidade local que avalia montar filial em Macaé. “Chegamos aqui para ficar”, afirmava Gilvan Gomes de Lima, gerente da base de Macaé da Superpesa, outra empresa que também estréia sua atuação na Bacia de Campos, só que no segmento de apoio marítimo, através de contrato com a Petrobras. Por conta da chegada de três embarcações, que receberam investimentos de US$ 20 milhões, a Superpesa quer atuar na região de maneira mais efetiva.

Duas empresas comemoravam na Logística Offshore a assinatura de contratos milionários. A Edra acabara de fechar com a Schlumberger para fornecimento de tubulações de FRP (Fiber Reforced Plastic) para o descarte da água produzida na sonda SS-06. “Antes deste contrato, somente empresas estrangeiras forneciam este produto. É uma vitória para o mercado nacional”, falava a gerente de marketing, Ana beatriz Sillman.

A Logshore também comemorava o aumento de seu faturamento. Pouco antes da feira, assinou contrato com uma empresa prestadora de serviços da Petrobras para desenvolver o sistema de implantação de rádio freqüência em todos os processos de entrada e saída de suprimentos e equipamentos na estatal. “Isto melhorará o controle dos materiais, que estarão devidamente identificados”, explicava a gerente administrativa, Liana Amorim. O contrato tem duração de dois anos e está orçado em R$ 3 milhões. Uma pequena mostra da prosperidade do mercado de logística na área de abrangência da Bacia de Campos. Só a Petrobras investe anualmente US$ 500 milhões no suporte a esta bacia sedimentar mais expressiva do Brasil

Fonte: Flávia Vasconcelos