30 Anos da descoberta da Bacia de Campos
A solenidade oficial de comemoração pelos 30 anos da descoberta de petróleo na Bacia de Campos, realizada no dia 07/12 no Macaé Centro, teve no discurso do presidente geral da Petrobras, José Eduardo Dutra, o seu ponto alto. Nele, Dutra afirmou que a maior província petrolífera do Brasil, apesar de descobertas recentes como a de uma jazida do produto na Bacia de Sergipe, será por muitos anos ainda o sustentáculo da produção nacional de petróleo. " A Bacia de Campos é o principal alvo de investimentos da economia de nosso país" , disse Dutra, informando ainda que R$ 16,7 bilhões de investimento, cerca de 64%, é feito na Bacia.
Além de José Eduardo Dutra, entre outros convidados, estiveram presentes: Plínio César de Mello, gerente geral da Unidade Bacia de Campos; Guilherme Estrela, diretor de produção e exploração de petróleo; Paulo Roberto Costa, diretor de abastecimento; Carlos Alberto de Souza, presidente da Sindipetro do Norte Fluminense; Luis Paulo Conde, governador em exercício do Estado do Rio de Janeiro; Silvio Lopes, prefeito de Macaé; e Glauco Lopes, deputado estadual (PSDB).
No evento, foi apresentada uma história de desenvolvimento, progresso e tecnologia, que vem colocando o Brasil como referência no que se refere à extração do petróleo. Milhares de pessoas fizeram uma viagem pelos últimos 30 anos, ouvindo planos e investimentos para o futuro.
Em seu discurso, Guilherme Estrela ressaltou que a ida da Petrobras para o mar fez da Bacia de Campos a grande oportunidade da empresa materializar sua competência. " Um dos grandes desafios superados foi a produção em águas profundas. Hoje, a companhia é conhecida mundialmente por esse feito, que nos permitiu ganhar dois prêmios internacionais. Sabemos que foi justamente através desse grande desafio que comprovamos nossa criatividade e competência, além de definirmos que investiríamos pesadamente na capacitação e no treinamento dos nossos empregados" , disse o diretor de produção e exploração de petróleo.
O prefeito Silvio Lopes aproveitou a ocasião para falar do privilégio de ter uma sede da Petrobras em Macaé, fato que contribuiu para o progresso e desenvolvimento da cidade. " Para nós, macaenses, o dia de hoje é muito especial. Sentimo-nos envaidecidos por contarmos com uma empresa que é orgulho nacional, por fazer investimentos que têm dado ao Brasil uma posição de destaque especial na extração do petróleo" , falou o prefeito, enaltecendo ainda os milhares de funcionários da Petrobras. " Não podemos esquecer que todo esse êxito só tem sido possível devido à capacidade de seus trabalhadores e à forma carinhosa com que defendem a empresa" , encerrou.
O governador Luiz Paulo Conde disse estar homenageando o anônimo, o brasileiro que vibra com a Petrobras, que lutou pelo petróleo e que sempre prestigiou a Petrobras. " Essa empresa é um orgulho nacional. Vi quando jovem a sua criação, em 1954. Por essa razão, vejo hoje com emoção essa festa, que mostra que o Brasil é possível, que o povo brasileiro é capaz e que, se tivermos uma estratégia nacional, poderemos avançar muito em relação ao mundo. Torço para que o presidente Lula dê certo, que o governo dele traga progresso efetivo ao Brasil e que ele tenha a visão nacional de José Eduardo Dutra" , frisou Conde.
O presidente Dutra encerrou a cerimônia, narrando uma história de sua infância, quando, em 1975, entrou na faculdade. Segundo ele, um de seus professores, ainda em atividade, disse não passar de uma propaganda da ditadura a versão de que haveria petróleo na Bacia de Campos. " A divulgação da descoberta foi um pouco depois da derrota que a ditadura sofreu nas eleições parlamentares de 1974. Confesso que ainda por dois anos continuei acreditando nisso, até que em 77 fiz um estágio na Petrobras e acompanhei a perfuração de um poço na Bacia de Campos. Ali, vi que o petróleo não era mera propaganda da ditadura. Hoje, estamos vendo essa realidade. Aquela descoberta significou um marco para a Petrobras e sua entrada em um novo patamar enquanto empresa de petróleo" , concluiu Dutra, sob aplausos.
Fonte: O Debate on