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Gás do pré-sal pode solucionar problema no setor de energia


A maior oferta de gás, a partir das descobertas do pré-sal, deve reduzir os preços do produto e solucionar os problemas do setor de energia na próxima década, defendeu Altino Ventura Filho, secretário de Planejamento e Desenvolvimento Energético do Ministério de Minas e Energia (MME).

Ventura afirmou que a produção de energia no Brasil, hoje altamente dependente das usinas hidrelétricas, necessita de uma fonte diversificada e o aumento da oferta de gás, usado como principal combustível das usinas termelétricas, para uso na matriz energética, tornaria o custo mais competitivo e permitiria resolver questões problemáticas no setor.

“As perspectivas que temos para o gás convencional com as descobertas do pré-sal é que o Brasil tenha oferta excedente e um preço mais competitivo, e então poderemos ter a solução para compor nosso sistema energético na próxima década”, disse durante o Energy Summit 2014.

Por enquanto, a prioridade do setor continua sendo a produção por meio das hidrelétricas até o final de 2020. Os leilões de energia, inclusive, continuarão tendo a maior participação de hidrelétricas, o que não anula o avanço da participação de outras fontes, mas as torna secundárias, comentou Ventura.

O secretário disse que é possível ampliar a presença da fonte à base de gás nos leilões, mas não de imediato, e afirmou que, provavelmente, haverá expansão, mas o papel (do gás, com a fonte termelétrica) ainda é complementar. “O objetivo hoje é a produção de eletricidade pelas hidrelétricas”, afirmou.

Em relação ao fornecimento nos próximos anos, o executivo afirmou que não haverá falta de energia, já que o leilão A-5, previsto para este ano, que deverá suprir a necessidade para 2019, deverá ser complementado pelo leilão A-3.

“Atraso tem acontecido com certa freqüência, mas qualquer empreendimento de grande porte no setor tem que contar com isso. Os atrasos não serão comprometedores, é algo com o qual deve se conviver porque é uma realidade”, disse ao falar sobre possíveis atrasos na implantação dos empreendimentos participantes dos leilões.

Fonte: Monitor Mercantil