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GE investirá R$ 1 bilhão em centro de pesquisa no Rio


A GE anunciou a duplicação dos investimentos no seu novo Centro de Pesquisas Global, inaugurado na quinta-feira no Parque Tecnológico da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), na Ilha do Fundão, no Rio. Agora serão US$ 500 milhões — mais de R$ 1 bilhão — até 2020. O montante será destinado, principalmente, à ampliação das pesquisas locais. 
 
Com a inauguração, o Rio de Janeiro tornou-se oficialmente o centro de inovação da GE na América Latina. “A abertura do Centro de Pesquisas no Brasil permite à GE inovar localmente para clientes na América Latina e, então, exportar essas inovações para o mundo inteiro. É a junção do local com o global. Vemos oportunidades significativas na região e investir em tecnologia é essencial para a competitividade”, afirmou o presidente e CEO global da companhia, Jeff Immelt, que participou da cerimônia de inauguração.

O centro é a quinta unidade fora dos Estados Unidos e a primeira na América Latina. “O Brasil é o terceiro maior mercado da GE, ficando atrás apenas dos Estados Unidos e da China”, declarou o presidente e CEO para América Latina, Reinaldo Garcia. “Não há melhor investimento para uma empresa do que um centro de pesquisa. Inovações são essenciais para o futuro de qualquer companhia”, completou Immelt.

Confirmando a vocação do Parque Tecnológico da UFRJ, explicou o líder do Centro de Pesquisa Global da GE no Brasil, Ken Herd, 50% das pesquisas serão destinadas à cadeia de óleo e gás, com foco em tecnologias de perfuração no fundo do mar. A outra metade será voltada às demais áreas de atuação da GE, com destaque para aviação, saúde, energias renováveis e transporte. “Nosso objetivo é colaborar com o desenvolvimento do país em mercados importantes como petróleo e gás, energias renováveis, aviação e saúde”, frisou Herd.

Com o centro também foi inaugurada a Crotonville Rio, braço latino-americano da primeira universidade corporativa do mundo, fundada pela GE em 1956 em Ossining, Nova York, nos Estados Unidos. A nova unidade recebe investimentos de US$ 50 milhões (cerca de R$127,5 milhões). Segundo Immelt, a universidade reforça o compromisso da companhia com treinamento e educação não só de seus colaboradores, mas também de seus parceiros e clientes.
“Uma prova da importância da Crotonville é que 12 dos nossos CEOs passaram por lá”, disse a diretora de RH da GE para América Latina, Ana Lucia Caltabiano.

No Brasil, serão 85 opções de curso, com duração de um dia a dois anos. E a expectativa é que 60% dos alunos sejam brasileiros e 40% dos executivos venham de outras partes do mundo.
A GE investe anualmente de 5% a 6% da sua receita industrial em novos produtos, o que representou mais de US$ 5 bilhões (R$ 12,75 bilhões) em 2013. Apenas no último ano, lembrou Garcia, a companhia registrou 2.839 patentes.

Multinacional desenvolve novas tecnologias no Brasil desde 2011

Ao mesmo tempo, o portfólio da empresa foi ampliado e houve ainda o fortalecimento do foco em mercados emergentes. Até 2015, a GE estima que dois terços do faturamento venham de fora dos Estados Unidos, seu mercado de origem, e que 70% das receitas da empresa venham de seus negócios industriais.

Desde setembro de 2011, por meio de uma parceria com a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) a GE já desenvolve no Brasil novas tecnologias com clientes, universidades e parceiros, usando as instalações e os laboratórios da instituição de ensino. Com isso, o novo centro tecnológico, que ocupa 24 mil metros quadrados, já abre as portas com mais de 160 empregados, dos quais 140 são engenheiros e pesquisadores. A expectativa é dobrar esse número, chegando em 2020 com 400 colaboradores.

Também participaram da inauguração do centro de pesquisas o vice-presidente global da empresa, John Rice; o governador do Estado do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão; o prefeito do Rio Eduardo Paes; o ministro do Desenvolvimento, Mauro Borges; entre outras autoridades e executivos da GE.

Petrobras e BG de olho no ‘subsea’
A abertura do novo Centro de Pesquisas Global da GE no Rio também marcou o anúncio de planos envolvendo uma parceria com a Petrobras e BG Group para a construção de uma fábrica de “subsea”, focada em produzir equipamentos de processamento de petróleo no fundo do mar, até 2020.

A futura unidade vai se concentrar em tecnologias para tratamento da água no fundo do mar para perfuração de regiões profundas (com BG Group) e para separação de petróleo, água e gás (com a Petrobras).

“Com o centro podemos trazer o melhor da tecnologia global para ajudar o país a vencer seus desafios. O Brasil não é mais o país do futuro, mas sim o presente. (...) 50% das nossas receitas já vêm de fora dos EUA e a tendência é que isso aumente”, disse o líder do Centro de Pesquisas Global da GE no Brasil, Ken Herd.

Fonte: O Dia