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Dilma garante manutenção dos projetos da P-75 e P-77 em Rio Grande


Cumprindo agenda na região, a presidente Dilma Rousseff recebeu, na manhã de sexta (27/02), no Aeroporto de Pelotas, uma comitiva do Município para dialogar sobre a situação do Polo Naval. Na oportunidade, foi entregue à presidente um documento solicitando ajuda do Governo Federal nas questões referentes à manutenção do Polo Naval.

Segundo o presidente do Sindicato dos Metalúrgicos do Rio Grande e São José do Norte (Stimmmerg), Benito Gonçalves, a grande preocupação da categoria era a falta de resposta quanto aos projetos do Município. Ele disse que a presidente garantiu a continuidade do Polo Naval no Município. "Ela nos atendeu e disse para ficarmos tranquilos e que o projeto não vai mudar, que o Governo Federal vai manter os projetos. A presidente disse que a P-75 e a P-77 serão construídas aqui em Rio Grande e que já há um diálogo com a Petrobras", comentou. Gonçalves salientou que a presidente disse que serão analisados os ajustes a serem feitos dentro da lei, referentes aos contratos da P-75 e P-77.

O prefeito Alexandre Lindenmeyer, que foi um dos líderes da comitiva, ressaltou que o encontro com a presidente foi objetivo. "Foi bom, objetivo e a presidente foi firme. Ela reforçou que a indústria naval veio para ficar, que será fortalecida e que vamos superar as dificuldades", destacou. Ele enfatizou que no documento entregue às lideranças envolvidas, reafirmaram o compromisso com o Polo Naval, por todos os benefícios que ele trouxe para a cidade, principalmente no que refere-se a empregos e investimentos. "A nossa posição foi no sentido de reafirmar  o fortalecimento do Polo Naval", apontou.

Lindenmeyer contou que irá "caminhar de frente" nesta luta e que já dialogou com as empresas QGI Brasil e Ecovix. Ele garantiu que já está agendado para a próxima semana um novo encontro com o ministro Miguel Rosseto.

Demissões

Sobre as possíveis demissões em massa que estariam ocorrendo, o presidente do Stimmmerg explicou que a a QGI Brasil desmobilizou alguns funcionários, justamente por falta de resposta da Petrobras, e a Ecovix demitiu os funcionários que solicitaram a demissão. "A QGI estava desmobilizando o pessoal porque a Petrobras não se manifestava, mas agora acredito que com as declarações da presidente, as demissões devam parar. A Ecovix tinha cerca de 200 trabalhadores pedindo demissão, até mesmo por medo de, futuramente, não receberem o valor da rescisão. Então, a empresa demitiu algumas pessoas que queriam sair", explicou.

A Ecovix manifestou-se através de nota sobre as demissões, e garantiu que não existe demissão em massa. "Com relação ao quadro de colaboradores, a construção das FPSOs segue etapas que exigem um número maior ou menor de funcionários e as movimentações de pessoal estão ligadas a essas etapas. Hoje, o número gira em torno de 7.000 diretos e mais uns 2.000 indiretos. A empresa esclarece que não houve demissão em massa no estaleiro".

Fonte: Jornal Agora (RS)