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Petrobras sairá do atual momento mais forte, diz presidente da Shell


BRASÍLIA - O presidente mundial da petrolífera anglo-holandesa Shell, Ben van Beurden — empresa parceira da Petrobras — comentou, na quinta-feira, 23/04, durante entrevista coletiva no Palácio do Planalto, a divulgação do balanço da estatal e reafirmou a confiança e a parceria com a companhia brasileira. Para o executivo, após a conclusão da aquisição do BG Group, a atuação da Shell no Brasil responderá por 20% da produção global da companhia até o final da década.

“Claro que as manchetes de hoje são desconfortáveis, mas temos trabalhado há longa data com a Petrobras, então temos confiança na companhia, que consideramos muitíssimo competente, talentosa e forte”, afirmou após audiência com a presidente Dilma Rousseff e o ministro de Minas e Energia, Eduardo Braga.

O executivo ressaltou que a Shell acompanha de perto a evolução das denúncias de corrupção na estatal brasileira, mas acredita na capacidade de superação da empresa.

“Devo dizer, primeiramente, que diante da forma como o escândalo se desdobrou, temos examinado com atenção os possíveis riscos para o projeto de Libra e outras carteiras de investimentos, de modo que levamos plenamente em conta o potencial impacto dessas manchetes, tudo isso foi incluído como parte da equação do arranjo estabelecido”, completou. Mas reafirmou a confiança na estatal brasileira. “Tenho 100% de confiança que a Petrobras sairá do atual episódio mais forte como empresa”, acrescentou.

No início do mês, a Shell anunciou a aquisição da britânica BG Group, que tem forte atuação no Brasil. A Shell é parceira da Petrobras na exploração do pré-sal no campo de Libra, enquanto a BG tem participação em campos do pré-sal na Bacia de Santos.

De acordo com o executivo, a conclusão do negócio — a compra da BG — posicionará a Shell como a parceira líder da Petrobras “por muitas décadas” e poderá “quadruplicar” as operações da companhia no Brasil. Ele avalia que até o final desta década, a operação no Brasil representará 20% da produção mundial da Shell de petróleo. “Temos confiança no clima de investimentos no Brasil, que é um parceiro forte e estratégico, e vai se tornar mais estrategicamente posicionado após a aquisição da BG”, afirmou.

Fonte: Valor Econômico