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Petrobras pode reduzir preço da gasolina até o fim do ano


Petrobras pode reduzir preço da gasolina até o fim do ano
Segundo fontes da estatal, objetivo é se aproximar do mercado internacional

RIO - No mesmo dia em que apresentou seu Plano de Negócios para o período de 2017 a 2021, fontes próximas à direção da Petrobras informaram que a estatal estuda reduzir o preço da gasolina para garantir a paridade com o preço internacional, conforme antecipado pela GloboNews e confirmado pelo GLOBO. A diretoria analisa os possíveis cenários, e a queda de preço poderia ocorrer até o fim do ano. Hoje, porém, não seria necessário alterar o preço. A última vez em que a petroleira reajustou o preço da gasolina e do diesel foi em setembro do ano passado.

Na apresentação do plano, o presidente da estatal, Pedro Parente, ressaltou que não precisa perguntar ao governo sobre reajuste de combustíveis:

— A principal diferença é que, se quisermos mudar o preço hoje, mudamos. Se quisermos mudar amanhã, mudamos. Avaliamos as condições de mercado. Não temos que perguntar nada a ninguém. Podemos fazer os movimentos que consultam os interesses da empresa. É decisão de natureza empresarial — disse Parente.

Segundo Adriano Pires, do CBIE, a redução dos preços dos combustíveis pela Petrobras visa a arrumar algumas distorções que os preços mais caros no Brasil estão ocasionando. Ele cita o aumento da importação de diesel e gasolina por parte de distribuidoras . Na última semana, a estatal vendia gasolina 20% mais cara no Brasil em relação ao exterior e comercializava o diesel com preço 40% maior.

— Com isso a Petrobras está perdendo vendas. As importações só não são maiores porque não há infraestrutura. Daqui a pouco vai sobrar gasolina e diesel nas refinarias da Petrobras. Mas, claro, esse não era o melhor momento para isso, já que a empresa perdeu muitas receita nos anos anteriores vendendo combustíveis mais baratos em relação ao mercado internacional — disse Pires.

A Petrobras informou nesta terça-feira que vai vender mais ativos. Sua meta é se desfazer de US$ 19,5 bilhões entre 2017 e 2018. Até então, a companhia pretendia vender US$ 15,1 bilhões entre 2015 e 2016. O mercado financeiro reagiu positivamente ao anúncio e as ações da petroleira operavam em alta na Bolsa de Valores de São Paulo.

Fonte: O Globo