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Governo quer arrecadar R$ 3,5 bilhões em leilões de petróleo


O ministro de Minas e Energia, Fernando Coelho Filho, disse na manhã desta quinta-feira, 12/01, que o governo federal deverá arrecadar entre R$ 3,5 bilhões a R$ 4,5 bilhões com o pagamento de bônus nas três rodadas de leilões para exploração de petróleo que serão realizadas neste ano.

Ao participar da posse do novo diretor-geral da Agência Nacional do Petróleo (ANP), Décio Oddone, no Rio, explicou que a ideia é realizar o leilão de áreas onshore, em terra, em maio próximo. Já o leilão de áreas do pré-sal será ainda neste primeiro semestre e a 14ª Rodada do pós-sal, em setembro.

Somente nas quatro áreas do pré-sal que serão leiloadas o governo acredita que poderá arrecadar cerca de R$ 3 bilhões. No momento, o governo está em conversas com a Petrobras, que tem preferência na oferta das áreas do pré-sal. A expectativa é que a publicação do decreto com as áreas que irão a leilão nas três rodadas seja publicado ainda em janeiro, nos dias 20 ou 25.

— Os valores estimados consideram o valor mínimo do bônus de assinatura e outorga — destacou o ministro.

Cerca de 500 pessoas participaram da posse do novo diretor-geral da ANP, incluindo presidente de empresas de petróleo, Pedro Parente, da Petrobras, e André Araújo, da Shell.

Em seu discurso, Décio Oddone, que trabalhou na Petrobras por 30 anos, garantiu trabalhar para a indústria do petróleo voltar a crescer no país, com previsibilidade e estabilidade nas regras. Ele disse que pela primeira vez o país pode sonhar com a autossuficiência em petróleo sustentável e com a perspectiva de o país se tornar exportador de petróleo.

— Trata-se de oportunidade única impensável alguns anos atrás, não podemos desperdiçar. A ANP está alinhada aos novos objetivos, buscando fortalecer a segurança e a estabilidade regulatória deixando de lado preconceitos e ideologias. Vamos ajudar a atrair investimentos, simplificando as normas, acelerando os trâmites e mantendo os canais de diálogos permanentemente abertos. Mas esse posicionamento não deve ser ser encarado de que vamos afrouxar as regras e ser desleixados em sua aplicação — afirmou Oddone.

Fonte: O Globo