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UTC paralisa obras de manutenção em plataformas da Bacia De Campos por falta de pagamentos


A UTC decidiu parar as operações de todos os contratos que tem com a Petrobras para manutenção de várias plataformas da Bacia de Campos. A decisão radical seria devido à inadimplência da Petrobras com a companhia. Segundo informações internas e de alguns das centenas de funcionários que trabalhavam nas obras, deverá ser contratada outra empresa, mas não conseguimos confirmação desta informação. O que se sabe é que todas as obras sob a responsabilidade da UTC estão paradas. Um boletim interno determinou que ninguém embarque e que todos desembarquem, ficando apenas um número mínimo de 15 funcionários por obra para fechamento das operações. Todos os funcionários da Base de Macaé serão demitidos. O Sindicato dos trabalhadores de Macaé vai entrar com uma ação pedindo arresto de R$ 80 milhões para garantir o pagamento das rescisões. A Petrobras teria bloqueado R$ 20 milhões que deveriam ser pagos para a UTC, o que teria iniciado o problema, mas ainda não há informação concreta sobre os motivos que levaram à este bloqueio.

Há um clima de ansiedade e muito nervosismo entre esses funcionários devido aos boatos de uma crise sem precedentes na companhia que resultaria em não pagamento das indenizações trabalhistas. Muito embora as informações em off que o Petronotícias recebeu de uma liderança da companhia, apontam que a UTC vai honrar com todas as obrigações trabalhistas, assim que receba o que é devido pela Petrobras. A UTC é uma das maiores empregatícias de Macaé (RJ).  E uma das maiores bases de apoio da cidade.

Está se repetindo agora a mesma prática que a Petrobras usou na gestão de Graça Foster, quando suspendeu os pagamentos acordados e devidos pelos serviços prestados pelas empreiteiras. O calote provocou dificuldades para muitas empresas de engenharia. Algumas pediram Recuperação Judicial,  outras a falência. O efeito cascata junto a cadeia de fornecedores marcou o início de uma desordem econômica no setor de petróleo e gás, que ainda amarga essas consequências. O Petronotícias procurou pela direção e assessoria da UTC, que não retornaram os contatos. Assim como a Petrobras que, embora consultada, ainda não se pronunciou.

Veja a lista de obras que ela realiza e realizou na Bacia de Campos:

A empresa executa serviços em 20 plataformas marítimas da Petrobras com o efetivo total offshore de 3.350 profissionais (em média 1.400 por embarque) e com 800 profissionais nas atividades onshore, através dos vários contratos.

UMS – serviços de construção e montagem industrial durante as campanhas com apoio da Unidade de Manutenção e Segurança, destinada ao aumento da capacidade de realização de serviços e acomodações.

MARLIM – serviços de construção e montagem industrial em atendimento às plataformas do Ativo de Produção Marlim na UO-BC.

UO-RIO – serviços de construção e montagem industrial em atendimento às plataformas da UO-RIO.

Plataformas flutuantes tipo FPSO’s: (P-31, P-33 e P-37)

Nestas plataformas os principais serviços incluem a fabricação de cerca de 72 toneladas de estruturas metálicas, suportes e tubulações de aço carbono, além de cerca de 258.000 horas de delineamento, caldeiraria, soldagem, pintura, montagem de andaimes, supervisão e inspeção para recuperação e manutenção da integridade das plataformas.

Plataformas fixas PGP-1, PNA-1, PNA-2, PCE-1, PPG-1, PCH-1, PCH-2 e PPM-

Nestas plataformas os principais serviços foram fabricação de cerca de 2.200 toneladas de estruturas metálicas, suportes e tubulações de aço carbono, além de cerca de 3.540.000 horas de atividades de delineamento, caldeiraria, soldagem, pintura, elétrica, instrumentação, montagem de andaimes, supervisão e inspeção, além de suprimento dos materiais de fabricação para recuperação e manutenção da integridade das plataformas.

Pintura em Plataformas Marítimas Semisubmersíveis

Pintura industrial nas plataformas marítimas de produção da Unidade de Operações de Exploração e Produção da Bacia de Campos e Rio: P-07, P-08, P-09, P-12, P-15, P-18, P-19, P-20, P-25, P-26, P-27 e P-65

Plataformas semissubmersíveis do Lote 2 (P-31; P-32, P-33, P-35, P-37 e P-47)

FPSO’s do Lote 3 (P-43, P-48, P-50 e P-53) e PRA-1 (fixas, ambas do Lote 3B). O trabalho consumiu cerca de 6.000.000 de horas para tratamento de superfície com jato de água com equipamento Ultra Alta Pressão e pintura industrial para recuperação e manutenção da integridade das plataformas.

Fonte: Petronotícias