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Rochas do Campo de Marlim Sul são avaliadas no laboratório da Petrobras, em Macaé


Local é referência no estudo de rochas reservatório da Bacia de Campos

O Laboratório de Rochas da Petrobras, em Macaé, desenvolve inúmeros estudos importantes para Bacia de Campos. O mais recente foi à avaliação das rochas para comprovar qualidade dos reservatórios de Marlim Sul, descoberta anunciada na última quinta-feira (10/8). Atualmente, o laboratório atua em outros levantamentos importantes, como o Campo de Tartaruga Verde e Tartaruga Mestiça, e reforça a sua referência em estudos de geologia.

O Laboratório de Rochas foi implantado na unidade em meados da década de 80 e traz a história dos 40 anos da Bacia de Campos. Ele subsidiou grandes descobertas como os campos gigantes de Marlim e Albacora que ajudam a manter a curva de produção da Bacia de Campos.

"É muito gratificante trabalhar na Exploração da Petrobras onde as descobertas são feitas, principalmente com equipe que sou gestor. Pelo laboratório passaram as grandes descobertas, dos campos gigantes da década de 80 até o pré-sal dos dias atuais", afirma o gerente setorial de Sedimentologia e Estratigrafia da Bacia de Campos, Marcelo Soares de Almeida.

Todas as rochas oriundas da perfuração de poços passam por diferentes análises como a aquisição de imagens fotográfica, limpeza de óleo e sal, serragem, entre outras. Depois, são distribuídas em bancadas, onde ficam à disposição para o minucioso trabalho de descrição macroscópica e coleta para análises complementares. A descrição dessas amostras é de responsabilidade dos geólogos, que buscam compreender a sua origem e avaliar o seu potencial como reservatório de petróleo e gás.

Além de um local de estudos para futuras perfurações, o Laboratório de Rochas mantém um acervo com aproximadamente 50 mil caixas com amostras de rocha que registram 130 milhões de anos da bacia geológica de campos e história dos 40 anos da Bacia de Campos. Destas, 20 mil são de testemunhos (amostra cilíndricas de rochas), e se enfileiradas equivalem à distância de Macaé a Rio das Ostras.

A análise dos registros geológicos contribui com teses como a da gondwana - supercontinente que há milhões de anos reunia Brasil e África - uma vez que rochas e fósseis encontrados nas costas dos dois continentes são extremamente semelhantes. Informações como essas são passadas aos estudantes de escolas e universidades da região que visitam anualmente o local.

Fonte: Petrobras