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Petrobras prevê US$ 10 bi para Bacia de Campos


A Petrobras completa este mês 40 anos de produção na Bacia de Campos com uma importante descoberta na região. Poraquê Alto, no pré-sal do campo de Marlim Sul, promete alongar a vida útil de um dos maiores ativos da estatal, num momento em que a companhia se prepara para vender campos históricos e concentra esforços na tentativa de conter o ritmo de declínio da bacia, a partir de investimentos de US$ 10 bilhões em novos projetos e de parcerias em campos maduros.

A expectativa da petroleira é anunciar em 2018 as primeiras parcerias na recuperação de áreas do pós-sal. Gerente-geral da unidade operacional da Bacia de Campos, Marcelo Batalha destaca que a taxa de declínio de 6% ao ano, verificada pela empresa ao fim do primeiro semestre, é um "bom número", mas que o objetivo da Petrobras é "empurrar esse limite cada vez mais para baixo".

"Conhecemos muito a Bacia de Campos, temos uma expertise na produção em águas profundas, que é uma referência no mercado, mas há aspectos específicos pelos quais algumas empresas no mundo já passaram... Nossa ideia, principalmente aqui na Bacia de Campos, é ter parceiros estratégicos, trazer alguém que, com aporte de tecnologia, consiga nos ajudar para que esses 6% [de taxa de declínio ao ano] possam ser ainda menores", disse Batalha ao Valor.

Conter o declínio da produção na região é uma missão que exige investimentos vultuosos

Segundo o gerente, a Petrobras está hoje em fase de discussão com eventuais sócios sobre que ativos e tipos de tecnologia poderiam ser envolvidos num futuro acordo. No ano passado, a companhia chegou a assinar um memorando de entendimentos com a norueguesa Statoil prevendo potenciais parcerias tecnológicas no aumento da recuperação da produção.

Este ano, a produção média da Petrobras na Bacia de Campos é de 1,25 milhão de barris/dia, o que representa uma queda de 25% em relação a 2010. Quando a produção começou a cair mais acentuadamente, em 2012, a então diretora-geral da Agência Nacional de Petróleo (ANP), Magda Chambriard, chegou a afirmar que a queda estava "aquém do razoável" e cobrou investimentos por parte da estatal.

Conter o declínio da produção da Bacia de Campos é uma missão que exige investimentos vultuosos. O plano de negócios da estatal prevê US$ 10 bilhões, entre 2017 e 2021, em projetos que visam repor parte das perdas de produção do pós-sal de Campos.

De acordo com Batalha, a Petrobras tem hoje, em carteira, 48 projetos com esse perfil. Ao todo, a empresa prevê construir, até 2021, 80 poços produtores, mais 29 injetores. Esses poços produzirão 450 mil barris diários de petróleo e ajudarão a desacelerar o declínio da região, que concentra hoje 60% da produção nacional, mas que vem perdendo espaço para o pré-sal da Bacia de Santos.

Batalha destaca que esses projetos, no pós-sal, são de rápida implementação, porque as reservas que são alvo dos novos investimentos estão localizadas próximas de plataformas que já operam há décadas na região. A mesma velocidade, segundo ele, vale para as recentes descobertas no pré-sal.

"Mesmo que não tenhamos pré-sal na Bacia de Campos em volumes como na Bacia de Santos, em descobertas como Libra e Lula, temos a vantagem de, por termos infraestrutura já instalada, rapidamente conseguimos desenvolver o projeto. Com o mínimo de investimento nas plataformas já existentes, conseguimos colocar em produção num prazo relativamente rápido", comentou.

Além de Poraquê Alto, a Petrobras acumula, em Campos, outras descobertas no pré-sal em fase de avaliação, como Brava (Marlim e Voador) e Forno (Albacora). A estatal está hoje, em fase de negociação da extensão do contrato de Albacora e tem a expectativa de que Forno ajude a sustentar o projeto de revitalização do campo. A petroleira já obteve aprovação da ANP para a prorrogação, até 2052, da concessão de Marlim - que produzirá mais 900 milhões de barris de óleo equivalente até lá.

Ao mesmo tempo em que busca sócios para revitalização de campos, a estatal também pretende reduzir sua carteira de concessões na região e anunciou, recentemente, a inclusão de campos históricos, em águas rasas, no programa de venda de ativos. Este é o caso de Enchova, primeiro campo a entrar em produção na bacia. Segundo Batalha, os três polos de produção em águas rasas de Campos colocados à venda (Enchova, Pargo e Pampo) são ativos com "uma economicidade marginal" é que hoje "destoam" do portfólio da estatal.

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Fonte: Valor