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Schahin acusa Petrobras de dar calote e de desprezar os impactos sociais pelas demissões de funcionários


A Briga entre a empresa Base ( Schahin) e a Petrobras pelas consequências da tomada da Sonda Vitória 10.000 pela estatal continua feia e tem a tendência de piorar. Com as demissões, vieram as manifestações  dos funcionários da Base, na cidade de Macaé, no norte do Rio de Janeiro. em função destas manifestações, a empresa divulgou a seguinte nota:

“ A Base Engenharia e Serviços de Petróleo e Gás S/A lamenta os fatos que culminaram com a demissão de trabalhadores, alguns dos quais organizaram uma manifestação em Macaé (RJ).

Enquanto seus sócios colaboram com a Justiça nas investigações da operação Lava-Jato, a empresa tem feito todos os esforços para retomar os negócios, que até há pouco estavam centrados na operação do navio-sonda Vitória 10.000, paralisada por decisão unilateral da Petrobras, com quem a Base tinha contratos vigentes.

A interrupção dos serviços provocou não só as dispensas em Macaé, mas também comprometeu o processo de Recuperação Judicial da empresa. Há desprezo total da Petrobras pelos impactos sociais e econômicos provocados pelo encerramento de centenas de postos diretos de trabalho gerados pela operação do Vitória 10.000.

Entre os motivos do estrangulamento da capacidade financeira da empresa estão o bloqueio de repasses determinado pelo Tribunal de Contas da União, com base em relatório da Petrobras que desconsidera os atestados de bons serviços prestados que a própria estatal anteriormente havia emitido.

A Base estava classificada como uma das melhores prestadoras de serviços à Petrobras, após mais de 30 anos de relacionamento. O mesmo relatório ainda reconhece que o contrato das sondas não causou qualquer prejuízo à estatal, conforme já havia sido reconhecido em auditoria de 2010. Mesmo assim, o TCU determinou a retenção de bônus do pagamento de faturas, inclusive no curso da vigência do contrato. A Petrobras também se recusa a reembolsar bônus de performance e a pagar despesas da manutenção da embarcação em regime de espera (stand-by), com as quais a Base se viu obrigada a arcar, como custos com tripulação completa a bordo e consumíveis.

Ao mesmo tempo, o Ministério da Transparência surpreendeu a Base com uma inusitada manifestação de desinteresse para a celebração de acordo de leniência, o que levou à cassação de liminares que mantinham a operação do Vitória 10.000. O acordo estava em estágio avançado de negociações e poderia resgatar a continuidade dos contratos com a Petrobras, garantindo o cumprimento do Plano de Recuperação Judicial. A Base tenta retomar as conversas.

É importante ressaltar que, enquanto outras empresas em condições similares e paulatinamente retomam o relacionamento com a Petrobras, o mesmo não acontece no caso da 10.000. A Petrobras tem se esforçado por encerrar unilateralmente a relação com a Base.

A Base continua adotando todas as medidas judiciais e administrativas para receber seus créditos, incluindo a devida indenização pelo tratamento ilegal  que tem recebido da Petrobras.”

Fonte: Petronotícias