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Petrobras diz ter ganho com petróleo a partir de US$ 30


Em apresentação a analistas e investidores durante o “Petrobras Day” em Nova York, o presidente da estatal, Pedro Parente, destacou que a produção da companhia é economicamente viável com preços a partir de US$ 30 o barril. Em 2014, o breakeven (ponto de equilíbrio) era de US$ 43 o barril. A apresentação cita que o novo patamar ocorre num momento de maior seletividade da companhia ao buscar novas oportunidades de exploração e mudança no ambiente regulatório, com menor exigência de conteúdo local e renovação do Repetro, regime especial de tributação.

— Acima dos US$ 31 o barril, nossa carteira atual de projetos tem resultados positivos. Nosso fluxo de caixa hoje com o petróleo a US$ 50 é maior do que em 2014 quando estava a US$ 100. Isso mostra o equilíbrio e que a companhia está aumentando a eficiência e reduzindo custos — disse Parente por telefone ao GLOBO após o evento.

No mesmo dia, a companhia informou em comunicado ao mercado que fechou operações de pré-pagamento, renegociação e contratações de financiamentos no valor de US$ 6,3 bilhões.

Em 2014, a estatal previa pagar US$ 15,2 bilhões em 2018. Com as mudanças, a previsão agora é de US$ 6,2 bilhões no próximo ano:

— A mudança no perfil da dívida é extraordinária. Foi uma coincidência fechar os pré-pagamentos de várias operações, mas contribuiu para dar boa expectativa aos investidores.

A apresentação reuniu cerca de 140 investidores que, segundo Parente, mostraram interesse em aspectos técnicos das atividades exploratórias da companhia. Segundo Parente, houve redução de custos na exploração de petróleo no pré-sal, que está num patamar atual de US$ 7 por barril.

A estatal pagou antecipadamente US$ 2,666 bilhões em dívidas com vencimentos em 2018 e 2019 aos bancos BNP Paribas, Bank of China e HSBC. Foram renegociados financiamentos com o Mizuho, de US$ 570 milhões, que venciam em 2018 e 2019. A companhia fez ainda o pré-pagamento de US$ 1,5 bilhão ao Bank of America. Além disso, quitou R$ 1,4 bilhão com o BNDES.

Fonte: O Globo