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Petróleo: o panorama da semana de 20 a 24 de novembro


Preços do petróleo saltaram na sexta-feira, 17/11, mas não conseguiram neutralizar sua primeira semana de perdas em um período de seis semanas uma vez que temores com a crescente produção norte-americana persistiam, ao passo que diminuíam as expectativas de uma extensão dos cortes na produção conduzidos pela Opep, o que pesava sobre os ânimos do mercado.

Contratos Futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI), dos EUA, avançavam US$ 1,06, ou cerca de 2,5%, e eram negociados a US$ 56,71 o barril no fechamento do pregão, quebrando uma sequência de cinco sessões de perdas.

Além disso, o petróleo Brent, referência para preços do petróleo fora dos EUA, avançou US$ 1,36, ou cerca de 2,2%, para US$ 62,72 o barril.

Na semana, o WTI ainda sofreu uma queda de 0,3%, ao passo que o Brent perdeu em torno de 1,3% após ambos terem tido ganhos nas cinco semanas anteriores.
Apesar do forte aumento na sexta-feira, contratos futuros de petróleo não conseguiram suprimir as perdas ocorridas no início da semana em meio a temores os investidores de que a produção norte-americana poderia prejudicar os esforços da Opep para eliminar o excesso de oferta do mercado.

Números preliminares da produção norte-americana divulgados durante a semana mostraram que a produção semanal teve aumento de 25.000 barris por dia e atingiu a máxima histórica de 9,65 milhões, ao passo que os estoques de petróleo subiram pela segunda semana seguida.

A Baker Hughes, empresa prestadora de serviços a campos petrolíferos, informou na sexta-feira que o número de sondas de extração de petróleo ativas nos EUA permaneceu inalterado em relação à semana anterior e totalizou 738 na semana passada. A contagem semanal de sondas é um barômetro importante para a indústria de extração de petróleo e serve como uma referência para a produção de petróleo nos Estados Unidos.

A Agência Internacional de Energia afirmou durante a semana que os EUA seriam responsáveis por 80% do aumento da produção mundial de petróleo durante a próxima década.

Enquanto isso, preocupações crescentes de que a Rússia estaria relutante em apoiar uma extensão dos cortes existentes na produção no acordo da Opep também pesavam.

Sob os termos originais do acordo, a Opep e 10 países externos à organização, liderados pela Rússia, concordaram em reduzir a produção em 1,8 milhão de barris por dia durante seis meses. O acordo foi estendido em maio desse ano por um período de nove meses até março de 2018 em uma aposta de reduzir os estoques mundiais e dar sustentação aos preços do petróleo.

As discussões continuam no período que antecede a reunião de 30 de novembro, na qual ministros de petróleo da Opep e de países externos à organização que fazem parte do pacto participarão.

Em outras negociações do setor de energia na última sexta-feira, contratos futuros de gasolina tiveram ganhos de US$ 0,031, ou 1,8%, e encerram cotados a US$ 1,744. Ainda fecharam cerca de 3,7% mais baixos na semana, a primeira queda em um período de seis semanas.

O óleo de aquecimento avançou US$ 0,044, ou 2,3%, para US$ 1,946 o galão, encerrando a semana com ganhos em torno de 0,6% e marcando sua sexta semana seguida de alta.

Contratos futuros de gás natural avançaram US$ 0,044, ou quase 1,5%, e fecharam em US$ 3,097 por milhão de unidades térmicas britânicas, mas ainda com perdas em torno de 3,6% na semana. Na última quinta-feira, a Administração de Informação de Energia dos EUA (EIA, na sigla em inglês) divulgou a primeira redução semanal da temporada de combustível de aquecimento dos estoques de gás natural dos EUA.

Na semana a seguir, os volumes de negociação deverão permanecer leves por volta do feriado de Ação de Graças na quinta-feira e devido à sessão mais curta de sexta-feira.

Participantes do mercado prestarão atenção nas mais recentes informações semanais sobre os estoques norte-americanos de petróleo bruto e produtos refinados na terça e na quarta-feira para avaliar a força da demanda do maior consumidor de petróleo do mundo.

Antes da semana em curso, a Investing.com compilou uma lista com estes e outros eventos significativos que podem afetar os mercados.

Terça-feira, 21 de novembro
O Instituto Americano de Petróleo, grupo do setor petrolífero, deve publicar seu relatório semanal sobre a oferta de petróleo nos EUA.

Quarta-feira, 22 de novembro
A Administração de Informações de Energia dos EUA deve divulgar seus dados semanais sobre estoques de petróleo e de gasolina
Ainda neste dia, o governo norte-americano apresentará o relatório semanal de gás natural em estoque. Isso ocorrerá um dia antes do normal devido ao feriado do Dia de Ação de Graças.

A Baker Hughes divulgará os dados semanais da contagem de sondas de petróleo nos EUA, dois dias antes do normal também devido ao Dia de Ação de Graças.

Quinta-feira, 23 de novembro
Mercados financeiros nos EUA estarão fechados devido ao Dia de Ação de Graças.

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Fonte: Reuters