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Mercado de trabalho para estrangeiros deve se ampliar com pré-sal, diz dr. Carlos Aud


Entrevista concedida ao Guia Offshore Magazine, pelo Dr. Carlos Aud, presidente da CAS Oleo Visas

1) Qual é o quadro que o sr. vislumbra para o mercado de trabalho da área petrolífera no Brasil em 2011.

Minha previsão é de que 2011 será um ano próspero para todos. Prevemos um aumento significativo na demanda de energia e de minério. O Brasil, por ser um verdadeiro provedor do mundo nesta área, vai tirar bom proveito disso, porque essas commodities tendem a ficar cada vez mais caras e mais procuradas no mercado internacional. Com o esperado aumento do preço do petróleo, devido aos recentes acontecimentos no Oriente Médio, combinado com o vagoroso desenvolvimento do Golfo do México, a prospecção do pré-sal no Brasil abrirá novas oportunidades comerciais para a indústria petrolífera nacional.

2) o Sr Aposta que  continuará ocorrendo a entrada de estrangeiros em larga escala no país?
Apostamos no crescimento do país e, por isso, necessitamos de parcerias que nos ofereçam tecnologia e equipamentos mais avançados do mundo. Esta sofisticação necessariamente exigirá a presença de mais profissionais estrangeiros no país, sob pena de corrermos riscos desnecessários. Lembremos que o “blowout” no Golfo do México foi ocasionado por falha humana. Por conta disso, faz-se mister a evolução das regras que regem a entrada no país de técnicos experientes para a área petrolífera.

3) o sr. defende  flexibilização da Lei do Estrangeiro  no país por qual motivo?
É necessária a evolução das regras para imigração na mesma proporção do desenvolvimento do setor. Ou seja, a adaptação à realidade atual , sem perder de vista a necessidade de atender a evolução do mercado aqui, agora e no futuro próximo.

4) Quais mudanças o sr. propõe?

Um diálogo amplo de todas entidades e instituições envolvidas: governo, empresariado, sindicatos e a Petrobras, tendo sempre a participação e recebendo a opinião dos profissionais da área de Imigração, que tenham a longa vivência neste mercado.

5) O sr. é um defensor de maior ênfase das universidades na parte teórica, para garantir formar em menos de 10 anos um profissional  suficientemente qualificado para operar equipamentos ou desempenhar tarefas de alta complexidade.  O sr. acredita que este é um modelo a ser seguido?

Sou favorável a toda e qualquer participação da sociedade, envidando o máximo esforço sobretudo no mundo acadêmico, como universidades e até nas escolas técnicas. Sou a favor da mobilização geral, que reúna jovens, pessoas de média idade e os mais experientes. É importante a mistura de gerações, porque o mercado precisará desta mobilização

6) o sr. demonstra sempre uma preocupação constante com a segurança dos projetos do pré-sal, que serão tocados nos próximos anos. O sr. acredita que eles correm risco de não serem bem-sucedidos em função da inexperiência de profissionais que chegarão ao mercado no futuro próximo.

Há uma preocupação enorme com o apagão da mão de obra somente nos casos dos profissionais com pouca experiência. Mas esses profissionais só aprenderão seu ofício trabalhando ao lado de profissionais estrangeiros até que tenham a experiência necessária para operar equipamentos altamente sofisticados de última geração. É algo necessário, uma vez que a tendência do pré-sal será a perfuração a mais de 7 mil metros de profundidade, podendo chegar até a mais de 10 mil metros, a exemplo do que acaba de ocorrer na Rússia (N.R. A ExxonMobil perfurou, em fevereiro de 2011, um poço a mais de 12 mil metros de profundidade em águas do extremo oriente da Rússia).

7) Tem sido comum atrasos em projetos por falta de mão de obra adequada para sua execução, qual conselho o sr. daria às empresas que terão que contratar mão de obra estrangeira?Contratem consultores com vasta experiência e que sejam capazes de desenvolver planejamento estratégicos na área de imigração. E esta experiência deverá coincidir com o amplo conhecimento das mudanças e evolução do processo de imigração no país, para evitar dissabores do tipo multas contratuais. Com isso, elas se preocupam apenas com a sua atividade-fim. Às vezes, a falta de um simples visto adequado pode criar um empecilho para que um projeto seja iniciado ou concluído.

Dr. Carlos Aud Sobrinho é presidente da CAS Visas e profissional com vasta experiência na área de Imigração. A CAS É líder na área de Imigração, através de sua acentuada experiência na contratação e transferência de mão-de-obra estrangeira para o Brasil, regularizando os colaboradores estrangeiros, deixando-os seguros quanto à legislação.

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Abaixo, o Dr. Carlos Aud, presidente da CAS Oleo Visas

Fonte: Guia Offshore