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Petrobras suspende duas empresas do Grupo Vinci e a Construtora Queiroz Galvão


O que já era ruim no relacionamento entre a Petrobras  e as empresas contratadas, depois da Operação Lava Jato, ficou ainda pior. A conhecida  forma arrogante com que a estatal  trata seus fornecedores está causando um processo curioso no mercado.  Na verdade um dilema. Muitas empresas do setor precisam da Petrobras, mas sentem muitas dificuldades de se relacionarem com o tratamento que recebem. Claro, há exceções. Mas a grande maioria tem muitas reclamações. Em função desses desgastes, a lista das empresas que não podem ser contratadas está aumentando. As licitações são feitas e vencidas, mas para assinar o contrato,  os fornecedores passam por uma verdadeira via crucis, onde precisam dar descontos, diminuir as margens, e quando assinam esses  contratos, sofrem com o rigor da fiscalização e as multas impostas pelos fiscais.

Os contratos, de uma hora para outra, passam das margens pequenas para o prejuízo certo.  As cobranças feitas pelos fiscais ficaram ainda mais rigorosas depois da implantação da política de compliance da companhia. Ninguém quer parecer leniente nas cobranças.  Apenas no mês passado, por exemplo, foram feitas várias  suspensões de empresas importantes, como   duas do Grupo   Vinci, a OEngenharia e a Orteng, a Bel Luz Materiais Elétricos, Kettenfabrick Mester, fornecedora de painéis elétricos, transformadores,  grupos geradores, que foi  suspensa durante um ano; A Fidens, que foi mais uma vez está impedida de prestar serviços para a Petrobras. E ainda a  Construtora Queiroz Galvão, que foi suspensa no dia 16 de outubro e vai ficar sem trabalhar para a estatal durante dois anos.

Especificamente no caso das empresas do Grupo Vinci, o caso teve um porém. O Petronotícias teve a informação de que o grupo francês teria tido  um comportamento de confronto e que a Petrobras deu todas as opções para um acordo. A  empresa, no entanto,  teria firmado uma posição de inflexibilidade, apesar dos bons contratos que mantem com a estatal. No contrato de Cabiúnas, de manutenção,  a empresa teria se  recusado a fazer o comissionamento dos equipamentos, depois da instalação e manutenção. Pela primeira vez a Orteng foi punida pela Petrobras em 36 anos. Há informações de que a  direção do Grupo Vinci tenta um encontro com a diretoria da Petrobras para reverter a punição e poder assinar o contrato com a UO Rio para  a manutenção das plataformas, no valor de quase RS$ 800 milhões Mas isso é pouco provável que aconteça, porque pareceria suspeito.

Em palestras que tem feito, o Presidente da Petrobras apresenta dados sobre o perfil de exigência da companhia com seus fornecedores. Ele diz na palestra que  “…  implantamos um novo Sistema de Governança e Compliance para garantir perenidade das mudanças feitas na Petrobras”.

Veja as novas orientações da estatal:

Mudanças na nomeação de executivos
Vedados membros do governo e líderes sindicais no Conselho de Administração de Estatais
Verificação de integridade e seleção de executivos com base em especialidade, integridade e mérito
Processo de seleção transparente para cargos de gerentes

2 -Mudanças no processo decisório

Exigência de autorização compartilhada para cada decisão relevante
* Fim dos silos com a Centralização das áreas de Contração, RH e  Comunicação

Criação de Comitês Estatutários para reforçar compromisso e responsabilização dos Gerentes Executivos no processo decisório
3-Promoção da ética e da transparência

Canal de Denúncias independente com garantia de anonimato
100% dos empregados aderiram ao Código de Ética e são treinados continuamente em regras de governança e compliance
 
As empresas que quiserem prestar serviços para a Petrobras terão que se readaptar. Principalmente comercialmente. Terá que ter uma margem segura para evitar contratempos e prejuízos que, em geral, se prende ao humor dos fiscais de obras. O novo lema da companhia é “A Petrobras está seguindo em frente”. E na verdade está mesmo. Só não precisa passar por cima de todos.

Fique atento:

Evite prejuízos com multas, suspensões, e cancelamento de contratos

Capacitação em Compliance (Presencial) - 27 e 28 de novembro, em Macaé

A crescente pressão externa pela adoção de padrões éticos, que gere valor a todos os seus stakeholders (os atores envolvidos na órbita da empresa, como fornecedores, atacadistas, varejistas, funcionários, etc.) está obrigando as empresas a criar programas preventivos e de monitoramento constante, levando a empresa a prevenir com o Compliance para não remediar com o caixa.

Treinamento presencial em Macaé, dias 27 e 28/11 - Click aqui e matricule-se já.

Fonte: Petronotícias