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Petrobras entra em nova fase de exploração


Menos de um ano após adquirir Peroba, no pré-sal da Bacia de Santos, a Petrobras pretende iniciar já no próximo mês a campanha exploratória da área. A perfuração marca um novo ciclo de exploração da estatal, concentrada nos 20 ativos adquiridos nos leilões da Agência Nacional de Petróleo (ANP) desde o ano passado.

Além da Petrobras, outras companhias como a Equinor (ex-Statoil) e Shell têm planos de acelerar as perfurações no pré-sal, em áreas recém adquiridas.

O início das perfurações da estatal brasileira em Peroba se dá apenas nove meses após a assinatura do contrato de aquisição da área, em janeiro. O ativo foi arrematado em outubro, na 3ª Rodada de partilha do pré-sal, por R$ 2 bilhões, sendo R$ 800 milhões pagos pela estatal brasileira. A Petrobras opera a área com 40%, em sociedade com a BP (40%) e a chinesa CNODC (20%).

Além de Peroba, a Petrobras também já se prepara para perfurar na área de Alto do Cabo Frio Central (Bacia de Campos), também adquirida na 3ª Rodada do pré-sal, e no setor SC-AP3, que concentra os seis blocos exploratórios na Bacia de Campos arrematados pela estatal brasileira em parceria com a ExxonMobil, na 14ª Rodada de concessões, também em 2017. A Petrobras já iniciou o processo de licenciamento ambiental para essas duas campanhas.

Em apresentação feita a investidores, nesta semana, a estatal destacou que a perfuração de Peroba marca uma "nova dinâmica da fase exploratória", depois de a companhia ampliar em 31% sua área exploratória desde 2017.

Ao todo, a petroleira já pagou R$ 6,15 bilhões na aquisição de 20 blocos desde o ano passado. Para a 5ª Rodada de partilha, prevista para o próximo dia 28, a empresa já manifestou o direito de preferência pela aquisição de mais um ativo: Sudoeste de Tartaruga Verde, área adjacente ao campo de Tartaruga Verde, operado pela empresa na Bacia de Campos.

A Equinor é outra empresa que tem planos para o pré-sal no curto prazo. A petroleira norueguesa espera iniciar, ainda neste ano, a perfuração de Carcará Norte, no pré-sal da Bacia de Santos, área adjacente à descoberta de Carcará. A companhia recebeu, na semana passada, a licença ambiental para perfurar na área, arrematada na 2ª Rodada de partilha do pré-sal, em 2017.

Ao todo, a Equinor pretende perfurar, nos próximos dois anos, até cinco poços de "alto impacto" nas bacias de Campos e Santos. A empresa acredita que o potencial de seu portfólio exploratório no Brasil é comparável às descobertas gigantes da companhia na costa norueguesa da década de 1970 e 1980.

Desde o ano passado, a petroleira já pagou R$ 2,376 bilhões em bônus de assinatura pela aquisição de sete blocos exploratórios nos leilões da ANP. Apenas Carcará Norte foi adquirido sob a condição de operadora.

A Shell também adotou a estratégia de antecipar o licenciamento dos contratos arrematados nas rodadas do pré-sal do ano passado. A companhia já está licenciando a perfuração de poços nas áreas de Sul de Gato do Mato e Alto de Cabo Frio Oeste, ambos os ativos localizados na Bacia de Santos, e pretende iniciar as campanhas de perfuração em 2019.

A multinacional arrematou, desde o ano passado, oito blocos exploratórios, sendo quatro deles como operadora. Ao todo, a companhia desembolsou R$ 1,245 bilhão pelos ativos.

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Fonte: Valor