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Apolo Tubulars se prepara para novo fornecimento à Petrobrás e mira no mercado internacional


Tanto o mercado nacional como o internacional estão oferecendo oportunidades novas para a Apolo Tubulars, empresa especialista na produção de tubos de aço. Em território brasileiro, a empresa já se prepara para começar, em breve, um novo fornecimento de conexões premium para a Petrobras. De acordo com o diretor comercial da companhia, Eduardo Gerk, as entregas estão previstas para o final deste ano. O executivo detalha também os planos da Apolo Tubulars no exterior, com foco nos mercados dos Estados Unidos, Canadá, América Latina e África. Gerk ainda comenta que as mudanças recentes na regulação do setor de óleo e gás, especialmente no conteúdo local, não devem trazer grandes dificuldades na busca e conquista de novos contratos.  “Temos um produto de qualidade e uma matéria-prima que compramos a preço internacional. Nossa empresa é enxuta e com baixo custo. Então, estamos preparados para competir com o produto importado”, afirmou.

Qual tem sido o foco da empresa no setor de óleo e gás?

O foco da empresa no óleo é gás, já há muitos anos, desde que ela começou a fornecer tubos OCTG, tem sido, no Brasil, o mercado onshore. Isso por conta, principalmente, da resistência mecânica. Os tubos que vão ao mar, em grandes profundidades, precisam de espessuras maiores ou, às vezes, de uma metalurgia que o nosso processo de fabricação não faz. Então, somos mais focados no setor onshore.

E quais são as novidades da companhia para esse mercado?

As novidades não tão recentes, mas que continuam muito em pauta, têm sido os revestimentos anticorrosivos internos e externos. Hoje, temos esses revestimentos externos também, que são bastante interessantes, para injeção de água. E no nosso caso, as conexões premium e semi premium, que temos hoje por parcerias com empresas japonesas – JEF e Metal One. Estamos, inclusive, dentro de um contrato Petrobras com conexões premium.

O senhor poderia detalhar mais este contrato com a Petrobras?

Este contrato foi conquistado no ano passado e amplamente conhecido pelo mercado. Mas ainda não está assinado. Está em vias de ser assinado. Foi fruto de uma licitação que ganhamos. Conquistamos um lote grande de produtos, principalmente para o onshore. Então, basicamente, até o revestimento de sete polegadas, todos os tubos da Petrobrás estão contemplados nesse contrato. Devemos começar a fornecer já a partir do final de ano.

E quanto ao mercado offshore? A empresa também olha para esse mercado?

Olha sim, para águas rasas principalmente. Durante muitos anos, a própria cultura e as diretrizes Petrobras sempre apontaram para produtos sem costura para o mar (o tubo extrudado). Só que isso já mudou. Um parecer recente do Cenpes (Centro de Pesquisas da Petrobras) disse que os tubos API, seja ele soldado ou extrudado, para efeitos de aplicação de norma, não possuem nenhuma diferença. É algo que, com o tempo, vai mudando gradativamente. Mas que, devido a cultura antiga de se usar apenas o extrudado, demora um pouco. Mas já temos o uso de nossos tubos no mar, no campo de Ubarana, no Rio Grande do Norte. A Petrobras usa, principalmente, colunas de produção fabricadas por nós.

Qual será a estratégia da empresa para continuar crescendo no mercado?

A nossa estratégia é, primeiro, o foco na qualidade e na confiabilidade de nossos produtos. Isto, para nós, é o item número um. Não podemos abrir mão disso de jeito nenhum. Em segundo lugar, tentar sempre ser o mais competitivo e produtivo, continuamente otimizando o nosso processo fabril, trazendo consultores internacionais para rever nossos processos. Tentamos sempre estar produzindo dentro dos rigores que a norma API requer, e até além da norma API.

O setor de óleo e gás passou por muitas mudanças regulatórias. Quais são as perspectivas a partir de agora?

Essas mudanças recentes flexibilizaram o conteúdo local. Nós, efetivamente, não temos grande temores em relação a isso. Porque sempre tivemos prontos para este desafio. Temos um produto de qualidade e uma matéria-prima que compramos a preço internacional. Nossa empresa é enxuta e com baixo custo. Então, estamos preparados para competir com o produto importado.

E em relação ao mercado internacional? Como a empresa atua?

Não podemos ficar restritos ao mercado interno. Hoje, estamos conseguindo ser competitivos no mercado americano. Ficamos um pouco freados por conta da Seção 232 do presidente Donald Trump (sobretaxa aplicada ao aço importado pelos EUA). Mas, de qualquer forma, estamos vendo outros mercados como, por exemplo, Canadá, América Latina e a própria África.

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Fonte: Petronotícias