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Revitalização de Marlim e Voador podem gerar muitos negócios em 2019


O ano de 2019 trará o plano de revitalização do campo de Marlim e de Voador, em projetos da Petrobras que envolvem a retirada de nove FPSOs e a instalação de duas novas unidades. Mas os prazos são curtos para manter a programação de entrada dos novos navios-plataformas em 2021, como previsto no plano de negócios da companhia. Os FPSOs 1 e 2 são unidades com capacidade de processamento diário de 70 mil e 80 mil, muito inferior a outras unidades que a Petrobras contrata para o pré-sal, mas com uma grande demanda por injeção de água que aumenta a complexidade  dos projetos. É estimado que se conseguirá alcançar um pico de 100 mil barris/dia de petróleo, com injeção de 440 mil barris/dia de água, além da produção de 2,35 milhões de m³/dia de gás natural. A projeção de atingir 100 mil barris/dia no pico do projeto de revitalização poderá implicar numa redução frente ao patamar atual de Marlim e Voador, que produziram 133 mil barris/dia e 2 mil barris/dia, respectivamente. Em compensação, a revitalização permitirá redimensionar o sistema de produção para a capacidade atual dos reservatórios, estendendo a vida útil dos ativos e aumentando a recuperação total de petróleo e gás natural.

O prazo para isso ainda é indefinido e pode ser de 3 anos a 3,5 anos,  entre a contratação e a entrada em operação das novas plataformas. Isso, de certa forma, pressiona o cronograma de instalação das duas unidades em 2021. Está prevista uma consultoria para gerenciar a execução do plano de desativação dos noves FPSOs do campo de Marlim. O cronograma prevê que os trabalhos comecem em dezembro deste ano, com duração até 2023. O descomissionamento dos navios-plataformas de Marlim iria começar em 2016 e já havia sido postergado para este ano. Precisam ser desativadas as plataformas P-18, P-19, P-20, P-26, P-32, P-33, P-35, P-37 e P-47.

Além desses  serviços envolvendo a desconexão e tratamento das unidades, haverá uma demanda intensiva por serviços em quase 90 poços que serão remanejados das plataformas atuais e outros dez novos poços que serão perfurados. O projeto também movimentará o mercado de linhas e equipamentos submarinos.

O Campo de Marlim foi descoberto em janeiro de 1985, através do poço RJS219A. Está localizado na Bacia de Campos, distante aproximadamente 110 Km do litoral do Rio de Janeiro. Devido ao vulto e à complexidade do projeto, o desenvolvimento deste campo foi planejado em 5 módulos com sete unidades de produção (quatro do tipo plataforma SS “semi-submersível” – e 3 do tipo FPSO ) e 1 unidade de tratamento e estocagem. A coleta do óleo dos poços até as unidades de produção é feita através linhas/risers flexíveis e manifolds.

A Agência Nacional do Petróleo (ANP) e a Petrobras assinaram há dois anos  a prorrogação dos contratos de Marlim e Voador até 2052. Com uma capacidade combinada de 835 mil barris/dia de processamento de petróleo e compressão de 16,9 milhões de m³/dia de gás natural, os campos de Marlim e Voador passarão a produzir com um sistema mais enxuto, de 150 mil m³/dia e 11 milhões de m³/dia, distribuídos nos dois FPSOs.

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Fonte: Petronotícias