Navalshore

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Debates esquentam conferência no segundo dia de Navalshore


O Mercado Internacional de Navegação foi o tema desta manhã na I Feira Conferência
da Indústria Naval e Offshore

"Chega de sermos o país de ontem, precisamos nos esforçar para mudar o hoje e construir o futuro". Eis o protesto de Sônia Guedes, presidente do Sindicato das Empresas de Navegação do Pará (Sindarpa) ao final do primeiro painel na conferência da Navalshore 2004 nesta terça-feira, 29 de junho. As palavras de Sônia se referem ao descaso com que as autoridades governamentais trataram o setor naval nas últimas duas décadas.

"Espero que agora, com o aquecimento da construção no Sudeste, possamos contar com o apoio do Governo Federal, pois na Amazônia sempre houve demanda, uma vez que sem navegação não se faz nada por lá", concluiu a presidente do Sindarpa.

Segundo diretor da entidade, se os investimentos de US$ 50 milhões na conclusão da Eclusa de Tucuruí se concretizaram, haverá uma demanda para construção de 150 barcaças no Norte, ou aproximadamente US$ 100 milhões. Os empreendimentos gerariam cerca de 2 mil empregos.
Conferência O Brasil foi posicionado como um país de grandes oportunidades e potencial de crescimento por Manolo Veladini, diretor de marketing da V. Ships Mônaco na abertura do primeiro painel desta terça-feira na Navalshore 2004. Uma das maiores empresas de armação de navios do mundo, a V. Ships administra mais de 500 navios.

Segundo Manolo, o comércio com a China, a posição como segundo maior exportador mundial de minério e o aquecimento da indústria de petróleo e gás colocam o país num patamar interessante no cenário mundial de navegação. Entretanto, para competir no mercado externo precisa renovar sua frota mercante, cuja idade média já chega a 22 anos.
"
O Brasil tem potencial para construir navios mercantes e fornecer mão-de-obra (tripulantes) para a frota mundial de navios. A população brasileira é cinco vezes maior que a das Filipinas e eles fornecem 10 vezes mais tripulantes para a navegação mundial. Para mudar essa realidade é preciso investir no setor de forma completa, olhando para o setor naval e para a capacitação
profissional e aperfeiçoamento das tripulações. O governo tem um papel importante nessas questões e beneficiará muito o setor sancionar a Medida Provisória 177 sem vetos", comenta o executivo.

O apelo foi reforçado por Ariovaldo Rocha, presidente do Sindicato da Indústria Naval (Sinaval) em sua palestra, onde mostrou que o fortalecimento da indústria naval está estreitamente ligado à política adotada pelo Governo para o setor.

"Hoje, o BNDES é o principal parceiro da indústria naval. Mas para que o sistema de financiamento gere mais negócios e consolide o setor precisamos aprovar a MP 177 com a criação do Fundo de Garantia para a Indústria Naval (FGIN)", reforça Rocha.

O presidente do Sinaval disse ainda se depender da indústria naval, o Brasil terá condições favoráveis à geração de emprego e renda rapidamente. "Temos demanda, financiamento, indústria de base, projeção de crescimento e mão-de-obra qualificada. Temos 100 estaleiros registrados
em todo o Brasil, muitos com capacidade para construir qualquer tipo de embarcação", frisa Rocha, acrescentando que as últimas expansões dos estaleiros ocorreram na década de 80.

Segundo dados do Sinaval, o Brasil chegou a construir o equivalente a 1,4 milhão de tpb (tonelada de porte bruto) por ano e hoje constrói apenas 50 mil tpb/ano. O país exportava navios para diversos países nos áureos tempos da indústria naval, todos com mais de 70% de componentes nacionais. Hoje, embora o setor esteja em pleno reaquecimento, o índice de importação ainda é de 60%.

Promovida pela revista Portos e Navios, a Navalshore 2004 contará com uma área de três mil metros quadrados para stands, auditório, recepção e praça de alimentação. Diversas empresas estarão, na ocasião, apresentando produtos e serviços para o setor da indústria naval/ offshore.
O evento é o primeiro do setor naval que transcende a abordagem eminentemente técnica, propiciando um encontro de todos os segmentos a ele direta ou indiretamente ligados sem similar nos últimos dez anos. A Navalshore vem, portanto, representar a evolução da indústria naval no Brasil e suas novas oportunidades de negócios.

Click aqui e veja as fotos do 1° dia.

Fonte: Tatiana Siqueira

Navalshore entra no 2° dia
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