UFRJ em Macaé representa grandes inovações
A criação de um campus da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) em Macaé representa uma série de grandes mudanças: a interiorização da universidade, a criação de uma sinergia entre vários cursos e a união dos governos federal, estadual e municipal em torno da Educação Superior. Este pioneirismo foi apontado durante a reunião realizada entre o reitor da UFRJ, Aloísio Teixeira, e o prefeito Riverton Mussi, na quarta-feira (19 de dezembro).
“Ao contrário do que é praticado no país, a Educação Superior deve ser uma ação conjunta entre todos os governos. A experiência de Macaé é inovadora principalmente neste sentido”, disse o reitor. Riverton ressaltou que a prefeitura arca com um grande gasto para que milhares de estudantes macaenses possam cursar uma faculdade em outro município, e que esta verba seria mais bem empregada na manutenção de cursos na cidade. “A prefeitura gasta R$ 10 milhões com o transporte universitário. Só em Campos, são 3 mil estudantes alunos de Macaé. Quero que esta verba seja revertida em investimento no ensino superior da cidade, com estrutura, equipamentos”, destacou.
Outra novidade que a vinda da UFRJ trará a Macaé é uma nova forma de relacionar cursos que tenham algo em comum, um feito inédito até na sede da universidade. No município, a UFRJ pretende criar um laboratório de farmácia fitoterápico, que será utilizado pelos cursos de Química, Farmácia e Biologia em conjunto. “Estes cursos possuem aspectos que se fundem, então estamos montando uma estrutura multidisciplinar, um modelo integrado entre as três graduações”, conta a diretora do Instituto de Química, Cássia Curan Turci. Se a experiência der certo, será adotada também nos cursos do Rio de Janeiro.
O campus de Macaé será também a primeira unidade da UFRJ fora da cidade do Rio de Janeiro, fazendo parte de um plano de interiorização da universidade. “Estamos aqui para criar raízes em Macaé e construir bases para desenvolver o único recurso totalmente renovável, que é o conhecimento”, frisou Aloísio. De acordo com a diretora do Instituto de Química, a comunidade acadêmica está com os olhos voltados para a cidade. “Percebo uma mudança de comportamento. Vejo que os recém-doutores estão interessados em vir para Macaé, tanto para lecionar, quanto para conduzir pesquisas”, conta Cássia.
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Fonte: Click Macaé - Elaine Pinto
Fotos: Michel Oliveira